Protagonistas do remake de “A Usurpadora” estariam definidos

12 de Marco de 2019 by Milton Figueiredo
A Usurpadora Paola Bracho Remake Televisa
Protagonistas do remake de “A Usurpadora” estariam definidos

“Habemus protagonistas!”. Segundo o jornalista mexicano Álex Kaffie do Diário Basta, Ximena Rubio e Andrés Palacios estão confirmados como os protagonistas da versão seriada da telenovela A Usurpadora, em 25 capítulos, que a Televisa prepara para seu canal de streaming.

Ximena e Andrés seriam, então, os designados a darem vida às gêmeas Paulina e Paola Bracho e Carlos Daniel respectivamente, personagens que foram de Gabriela Spanic e Fernando Colunga, e que tanto êxito os trouxe a e ainda traz desde 1998, quando a telenovela foi ao ar no México.

A Usurpadora é uma das telenovelas mais vistas e reprisadas em todo o mundo ao lado de Marimar e Maria do Bairro. Narra a história de duas irmãs gêmeas que não cresceram juntas e depois de um encontro casual, já adultas, uma assume o lugar da outra e esta conquista não só o coração de seu esposo, como toda a família. A trama impulsionou a carreira da protagonista venezuelana, Gabriela Spanic, que passou a ser uma das celebridades mais reconhecidas em todo o planeta. Parte de seu sucesso se deve à vila Paola Bracho.

O jornalista afirma ainda, segundo o site Noticias Sin que os atores já estariam ensaiando a nova produção que terá início em suas gravações no mês de abril.

O remake em formato de série e com adaptações faz parte do projeto “Fábrica de Sonhos” que consiste em adaptar telenovelas que foram grandes sucessos na televisão mexicana. Além de A Usurpadora, estão programadas versões de outras obras de sucesso. Confira:

 

O privilégio de amar: 1998/1999

Foi a novela que substituiu no Brasil, e também no México, A Usurpadora. É um remake da venezuelana Cristal, produzida em 1985. É uma das novelas mexicanas de maior audiência e também no Brasil. Em 2006, o SBT produziu um remake com o título da obra original, Cristal. A Televisa fez um remake em 2010 com o nome de Triunfo del Amor.

O privilégio de amar foi exibida quatro vezes no Brasil: 1999, 2002, 2008 e 2013

 

Rubi (Rubí): 2004

Conta a história de uma jovem linda e sensual que faz de tudo para sair da pobreza. Original de Yolanda Vargas Dulché, é um remake da telenovela mexicana Rubi, produzida em 1968 e foi adaptada por Ximena Suárez. Seis anos após lançamento de Rubí, a telenovela Teresa foi acusada de plágio. Vários sites apontam semelhanças entre as duas telenovelas.

No Brasil foi exibida em 2005, 2006, 2013 e 2017. E em 2017, foi produzida uma versão filipina da telenovela.

 

A madrastra (La madrastra): 2005

Conta a história de Maria que é condenada injustamente à prisão perpetua. O marido pede que ninguém conte aos filhos a verdadeira história e inventa que ela morreu num acidente. Vinte anos depois de desespero e reclusão, Maria é libertada da prisão e está de volta para cumprir o que prometera anos atrás: fazer justiça ao descobrir quem é o monstro que a pôs na cadeia, além de recuperar o amor dos filhos

É uma adaptação da telenovela chilena de mesmo nome e de autoria de Arturo Moya Grau. A Madrasta foi reexibida entre 2013 e 2014.

 

Ambição (Cuna de lobos): 1986/1987

É a novela da famosa vilã Catalina Creel que tem um dos olhos tapados. Essa personagem é considerada uma das maiores vilãs da dramaturgia mundial.

No Brasil, o SBT a exibiu entre 1991 e 1992. Foi reexibida entre 1992 e 1993.

É considerada uma das melhores novelas no México alcançando a audiência de 73 pontos no capítulo final.

Televisa Studios anunciou que essa será a primeira produção do novo projeto em 2019:

 

Os ricos também choram (Los ricos también Lloran): 1979

A novela Maria do Bairro deveria ser um remake desta obra. Então, a trama é parecida. Mas, durante a produção, Carlos Romero, autor da adaptação, seguiu novos caminhos no enredo.

No México, começou a ser exibida às 18h, mas devido ao grande sucesso foi transferida para às 21h. É uma das novelas mais exportadas da Televisa e sucesso mundial.

Foi a primeira novela mexicana a ser exibida no Brasil e na Espanha. Aqui, isso aconteceu em 1982 quando o SBT se chamava TVS.

O SBT fez um remake em 2005, e Telemundo (EUA), em 2006 com o título de Marina. Entre 2011 e 2012 as Filipinas também tiveram sua versão local, porém da telenovela Maria do Bairro.

 

Rosa selvagem (Rosa salvaje): 1987/1988

Inspirada nos romances La gata e La indomable de Inés Rodena, e em uma história de Abel Santa Cruz, foi adaptada por Carlos Romero.

O drama conta a história de Rosa que vive com sua madrinha em um bairro muito pobre, ela é uma garota muito simples e se veste como um garoto. Num certo dia Rosa vai a uma mansão para roubar maçãs e conhece o dono da casa Ricardo. Rosa se apaixona por ele, enquanto ele decide casar-se com ela para provocar suas irmãs. Com o tempo Ricardo acaba se apaixonando por Rosa, porém suas irmãs fazem de tudo para atrapalhar a vida do casal.

No Brasil foi exibida em 1991 e o último capítulo obteve 24 pontos no Ibope. Foi reprisada em 1993.

Em 2000, Televisa fez uma nova versão com o título de Por um beso. Venevision, da Venezuela, fez sua versão em 2002 com o nome de La Gata. No ano de 2004, o SBT fez a versão brasileira intitulada Seus Olhos. Televisa voltou a fazer um remake em 2014 sob o titulo de La Gata, e a trama foi exibida no Brasil entre 2016 e 2017.

 

Lágrimas de Amor (Corona de lágrimas): 2012/2013

É um remake da telenovela homônima produzida em 1965. Conta o drama de uma mãe que foi expulsa de casa com os três filhos pelo marido. Cada um dos filhos apresenta uma personalidade. No Brasil foi exibida entre 2016 e 2017. Eu gostava muito dessa novela. O SBT picotou a novela devido a baixa audiência. A abertura da novela é uma das que eu mais curto. A imprensa mexicana chegou a anunciar que a novela teria uma segunda temporada, mas isso não chegou a acontecer.

 

15 anos / Meus 15 anos (Quinceañera): 1987/1988

Foi um grande sucesso mexicano sendo uma das primeiras a tratar de assuntos como a gravidez na adolescência, drogas e gangues, e a primeira dedicada ao público adolescente.

A produção revelou duas grandes personalidades que seriam muito conhecidas aqui no Brasil posteriormente: Adela Noriega (O privilégio de amar) e Thalía (Maria Mercedez, Marimar, Maria do Bairro Rosalinda).

A trama foi escrita por René Muñoz também conhecido pelos brasileiros apaixonados pelas novelas de Thalía (como eu). Ele interpretou anos depois o Moacir de A Usurpadora, o Veracruz de Maria do Bairro e o padre Torres de Marimar.

René Muñoz

A novela contava a vida de Beatriz (rica) e Maricruz (pobre) que estudam juntas e eram melhores amigas. Ambas estavam prestes a completar 15 anos e sonhavam com suas respectivas festas de debutantes.

No Brasil foi exibida pela primeira vez em 1991 substituindo Rosa Selvagem e sendo substituída por Ambição. Aproveitando o sucesso de Thalía em Maria do Bairro, em 1997, a CNT Gazeta adquiriu os direitos de exibição e a retransmitiu com o título de Meus 15 anos.

No ano 2000, Televisa fez um remake com o título de Primeiro amor... a mil por hora, que foi exibida pelo SBT em 2003.

Miss XV, em 2012, Televisa e Nickelodeon coproduziram, com a colaboração do canal colombiano RCN o novo remake. No Brasil a trama foi exibida pelo canal Nickelodeon.

 

Coração Selvagem (Corazón salvaje): 1966; 1977; 1993/1994; 2009

Elenco da produção de 1993

Esta novela conta com cinco versões. A original é de 1966 e é considerada como uma joia rara da teledramaturgia local. O drama se desenvolve no início do século XX em uma ilha caribenha.

No ano de 1966, em Porto Rico, foi produzida uma versão com o título de Juan del Diablo. Em 1977 foi feito o primeiro remake pela Televisa e obteve também êxito.

Entre 1993 e 1994, a Televisa produziu o segundo remake que conquistou muito sucesso obtendo recordes de audiência e uma das mais lembradas pelos telespectadores mexicanos.

A última versão foi produzida em 2009. O texto continha histórias de outra novela também mexicana Yo compro esa mujer que conta com seis versões, inclusive uma brasileira: Eu compro essa mulher, em 1966. Não obteve o sucesso esperado e foi muito criticada.

No Brasil foi exibida pela CNT Gazeta em 1997 e reprisada pelo SBT entre 2000 e 2001.

 

El maleficio (Estranho poder): 1983/1984

A trama foi protagonizada pelo seu produtor, Ernesto Alonso, papel que o consagrou como El señor das telenovelas.

Foi a primeira a abordar o tema bruxaria e ocultismo, causando bastante polêmica. Apesar de tentarem censurá-la, a trama fez bastante sucesso com o público mexicano.

No Brasil, a novela foi exibida pelo SBT entre 1984 e 1985.

 

Colorina: 1980/1981

Versão de 1980/1981

É uma versão de uma novela chilena, La Colorina de 1977. Conta a história de uma linda mulher que trabalha como prostituta em um cabaré que engravida de um rapaz rico. Ela aceita que, depois de nascido, o bebê fique com a família rica, já que não teria condições de cria-lo vivendo num cabaré. Entretanto, ao nascer a criança ela decide fugir e passa a viver com seu nome verdadeiro.

Televisa fez uma nova versão em 2001 com o nome de Salomé. Em 1993, na argentina foi produzido o remake Apasionada. No Peru, em 2017, produziu-se a última versão do drama com o mesmo nome da obra da Televisa de 1980/1981, Colorina.

Versão peruana de 2017

Foi a única novela não exibida no Brasil, mas contou com a exibição de Salomé, em 2002.

 

A Mentira (La Mentira): 1998

A novela gira em torno de uma grande intriga e conta com o brasileiro Guy Ecker como protagonista. Foi exibida no México às 17h, e muitas vezes dava mais audiência que a novela das 21h.

Foi exibida pela primeira vez no Brasil no ano de 2000. Foi reexibida em 2016. É uma telenovela que conta com várias versões, inclusive brasileira.

A original, em 1965, produzida no México, se passa no Amazonas. Em 1966, a TV Tupi produziu a versão brasileira tendo no elenco Fernando Montenegro: Calúnia.

A Televisa produz o primeiro remake mexicano em 1982 com o nome de El amor nunca muere. Depois, produz o sucesso em 1998.

Em 2008, Telemundo dos EUA produziu o remake El juramento. No ano de 2010, Televisa volta a produzir uma nova versão intitulada Cuando me enamoro. O SBT produziu a segunda versão brasileira em 2012, Corações Feridos.

 

A última versão, com baixa audiência, no México, foi em 2015 reunindo tramas de Lo imperdonable (1975), La Mentira e a inédita Tzintzuntzán, la noche de los muertos.